domingo, 4 de novembro de 2012

A dor de ser eu

Só eu sei o tamanho da minha dor.
Só eu sei a dimensão do meu sofrimento.
Não me julgue, por não entender como eu reajo a esse sofrimento.
Não faço apologia a dor. Não gosto de senti-la.
Dizem que colhemos o que plantamos, mais acho isso inerente algumas vezes as nossas escolhas; dependemos muito das pessoas, e essas também tem poder no resultado da nossa vida. Sofremos pelas escolhas dos outros também.
Minha vontade é de abraçar meus joelhos e ficar ali de olhos fechados num canto de um  quarto escuro.
Drama?
Será?
Já pensou que eu sinto de forma diferente de você?
Já me olhou ( não com olhos de pena, porque não quero isso ), com olhos de que me entende, que se solidariza com a minha dor, com o meu momento?
Sou produto do meu meio, dos meus entes, das minhas frustrações.
Não quero ser vítima.
Também tenho vontade de ser feliz!
Mas hoje e ontem, minha vida foi só de sofrimento,de culpas do que não fiz, de ilusões que eu criei, de frustrações do que poderia ter sido.
Devo esperar o que do futuro, se sempre achei que no final o final seria feliz e nunca chega esse final?
Devo me culpar mais por me sentir assim mesmo tendo mais para agradecer do que pedir?
Dói tanto viver.
Mas a covardia me faz seguir.
Luta diária...
Me dê então fórmulas, me guie, me ensine a ser feliz, mesmo vendo a quem eu amo seguir caminhos errados, mesmo quando só tenho a solidão de companhia, mesmo quando vejo que a idade chegou e ainda não encontrei a minha missão.
Não julgue a minha dor, você não sabe o tamanho que ela tem dentro de mim.
Tento disfarçar...
Mas lateja, e não tenho para onde fugir para me livrar dela.
Só me compreenda.

Fonte foto: Diego Fernandes

7 comentários:

  1. As pessoas falam que não julgam, mas julgam sim, o tempo todo. A começar pelos "pitacos". Julgam porque porque apontar o que o outro devia ter feito ou fazer é mais fácil do que se colocar no lugar dele. colocar-se no lugar do outro é um exercício árduo e, mesmo que nos esforcemos, jamais conseguiremos nos colocar de verdade no lugar deste, posto nao termos o sentir genuíno do outro. Mas, se ttivermos boa vontade ao menos para deixarmos de julgar, já seria uma forma de nos solidarizarmos com a dor do outro e nos pormos a seu lado apenas para segurar a mão e dizer, sem medo: eu não sei o que te dizer, mas estou aqui, ao seu lado.

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  2. As pessoas falam que não julgam, mas julgam sim, o tempo todo. A começar pelos "pitacos". Julgam porque porque apontar o que o outro devia ter feito ou fazer é mais fácil do que se colocar no lugar dele. colocar-se no lugar do outro é um exercício árduo e, mesmo que nos esforcemos, jamais conseguiremos nos colocar de verdade no lugar deste, posto nao termos o sentir genuíno do outro. Mas, se ttivermos boa vontade ao menos para deixarmos de julgar, já seria uma forma de nos solidarizarmos com a dor do outro e nos pormos a seu lado apenas para segurar a mão e dizer, sem medo: eu não sei o que te dizer, mas estou aqui, ao seu lado.

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  3. Na sua bio diz que nao encontrou o propósito de estar aqui.. sua missao.Pense que deus é invençao de ignorantes.. que estar aqui é O propósito.. e sua missao nao existe.. apenas... viva, deixe viver e seja uma boa pessoa!

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  4. Flávia,
    Acho que todo mundo sente pelo menos alguma vez na vida essa dor de "ser". Acabei de escrever um post no meu blog sobre "Descontrole emocional" eu admito que sofro por ser assim, e são nessas horas que agente se sente na dor de ser...

    Um otimo final de semana.

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  5. Flávia,

    No meu post Descontrole emocional, que acabei que escrever eu me sinto extamente assim como você, nessa fase da "dor de ser eu"

    Um otimo fim de semana.

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  6. ola tenho 32 anos e acho que sempre me senti assim me identificon em cada uma das suas palavras , sempre vivi nao solidao e nem sei porque...

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  7. ola tenho 32 anos e sempre me senti assim , sempre vivi na solidao e na incompreençao me identifico com cada palavra sua ,

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