sábado, 23 de fevereiro de 2013

Fracassos afetivos

A primeira coisa que me questionam quando começo um diálogo com intenção de manter um relacionamento é; " Como uma mulher como você está sozinha?".
É realmente sou ideal, como tantas outras ou outros que estão por ai e vivem uma solidão afetiva.
Sou super sociável, extrovertida moderada, meiga, procuro me manter antenada , já tive experiências ruins que não quero viver mais , e baseada nessas experiências tenho muito para oferecer também, acho que me transformei em uma pessoa melhor.
Não sou ciumenta, não sou volúvel, mas sou aberta a mudanças de pensamentos quando me convensem com argumentos plausíveis; procuro pensar muito no outro, mas aprendi a me amar e me por num lugar em que meus sentimentos contam muito.
Tenho defeitos, muitos, mas tenho maturidade para reconhece-los e humildade para pedir desculpas.
Mas, estou só.
Vivo rodeada de amigos, minha casa é tão aconchegante que todos querem vir para cá.
Sinto uma solidão bem específica, a de ter um amor, um cúmplice.
Trabalho o tempo todo contras as expectativas encima das pessoas, isso faço por mim mesmo, como auto defesa, para me preservar; mas reconheço preciso ter alguém do meu lado, porque os fardos da vida quando se tem alguém fica mais leve.
Queria entender porque não achamos pessoas que pensem assim também, ou quando achamos não tem química com a gente?
Pura ironia!
É a vida é assim, me apego em achar que tudo tem sua hora pra acontecer, e que se não aconteceu ainda é para meu crescimento e preparamento para receber esse novo relacionamento mais sábia.
Pessoas ( selecionadas e poucas) passam, deixam muito comigo, lições; mas estou precisando de alguém que fique...alguém que tenha muito em comum comigo e com disponibilidade para ser feliz e ter paz.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Reflexos e consequências


Desisti de tentar entender as pessoas, de procurar desculpas, de arrumar motivos e diminuir suas culpas.
Resolvi falar "não", quando não estiver satisfeita, quando eu achar que esse "não",  não vai prejudicar ninguém , e que se eu o engolir vou ter noites em claro.
Cansei de ser boazinha o tempo todo!
Sou boa sim, mas, sou justa, não me submeto a ser a mais compreensiva, a me abster de falar o que sinto e acho certo, a aceitar sem questionar; seria uma injustiça comigo mesmo.
Sei o que não quero mais para minha vida.
Pessoas mornas e fúteis, podem passar reto, pessoas interesseiras e invejosas, não faço questão de conviver, pessoas que formulam pensamentos baseados nos próprios atos e acreditam nessas suas imaginações, que sejam felizes longe de  mim, pessoas que aproveitam umas das outras, tanto na amizade quanto no amor, podem não perder seu repertório de mentiras comigo.
Sei quem eu  sou e como conduzo minha vida, não darei mais explicações de coisas que eu não fiz e nem mendigarei amor ou amizade.
Dizem que atraímos os nossos semelhantes, então só ando com quem é GENTE no sentido literal da palavra, quem tem sentimentos nobres como verdade, cumplicidade, humildade e lealdade entranhados no ser, quem sabe pedir desculpas e sabe se colocar no lugar do outro, pois sou assim e mereço conviver com quem é assim.
Como outro vive, conduz, não me diz respeito, não estou aqui pra ser julgada nem julgar ninguém, basta ser digno, ter amor ao próximo, ser autêntico, que eu irei admirar e querer perto de mim, independente do que os outros acham disso.
De agora para frente, separarei por  categorias de compatibilidade comigo, sem preconceitos; diferentes, mas verdadeiros. Serão classificados assim; os que são meus amigos de verdade, que viram sempre na minha casa, que sabem da minha vida; e os colegas, que dividirei somente o necessário, que tratarei conforme me tratarem.
Essa resolução foi baseada em desilusões com as pessoas, mas também com surpresas boas que não me deixaram perder a fé numa amizade construída encima dos valores que eu tenho na vida.


Fonte foto: Flávia Corrêa

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Sem roupa

Minha vida está tão vazia. Esta é a minha realidade hoje.
Hipocrisia é o que mais se tem no mundo.
Falamos que não precisamos dos outros, que não nos preocupamos com a opinião alheia, que gostamos de estar só, de solidão; pura utopia. Queremos passar  a imagem de ser auto suficiente o tempo todo.
E se queremos passar uma imagem de estar bem para as pessoas, não é porque se está preocupado com a opinião delas?
Pois é, não estou bem, sinto solidão, sinto saudade, sinto que minha vida escorre entre os meus dedos.
Tenho muito o que agradecer, mas tenho muito a pedir também.
 Me sinto injustiçada com o que acontece hoje comigo, mesmo sabendo que isso pode ser consequência dos meus próprios erros de vidas passadas, e que tudo acontece com a minha permição, para eu aprender e crescer espiritualmente.
Sinceridade choca; e falar então que não estamos bem, colocando para fora sentimentos considerados negativos ( que não são em sua totalidade ), afasta as pessoas. Querem conviver com a sua parte boa, mesmo que sejam superficiais. Tristeza e verdade só os fortes suportam.
Estou triste, não sou triste.
Camuflo várias vezes, para conviver com as pessoas; mas, esse espaço aqui é meu, para os meus desabafos e não para escrever o que querem ler. Fiquem a vontade, lê quem quer, deixa sua opinião quer quiser deixar.
 Escrevo, exagero, dramatizo, reconsidero, me dispo de hipocrisias, me mostro como sou de verdade. Sou assim, imperfeita, mas verdadeira e sempre disposta  a recomeçar. Tenho que chorar muito até melhorar, tenho que amar muito para ter sentido a minha vida, tenho que rir muito pra me sentir plena e tenho que passar intensamente também pelos meus lutos, para conseguir superar.
Esse é o meu momento HOJE.


Obs.: Assistindo o filme do Cazuza e refletindo a vida. Ele pode ter feito coisas loucas, ter ido contra que a sociedade considera certo, mas viveu a sua plenitude até a última gota.
De que vale só passar pela vida?
Ele nasceu sem vergonha, sem pudores, sem hipocrisia. Viveu na sua intensidade, no limite do certo e do errado, não serviu de exemplo a ninguém, mas deixou um legado de poesias e de lições de vida.
" Vida louca, vida breve; já que eu não posso te levar, quero que você me leve..."
Tem gente que vem nessa passagem pra nos fazer pensar, abandonar estereótipos e preconceitos.
Hoje eu entendo esse menino poeta que eu tanto critiquei.
Queria ter pelo menos  um milímetro da coragem desprovida das preocupações, dos medos, dele.

Fonte foto: Meu acervo e uma tirada da internete, que não sei o fotográfo, se souberem me contem que adiciono o nome.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Imperfeitos e complexos

Somos paradoxos, simples e complexos, perfeitos e imperfeitos. Não é só um corpo, características, uma mente; somos mutações de nós mesmo.
Crescemos com as conquistas, regredimos com o excesso de egoísmo, evoluímos com o sofrimento, superamos com fé.
Nunca paramos. Podemos  até parecer estáticos, acomodados, mas por dentro pensamentos e reflexões borbulhão.
Não podemos exigir do outro o mesmo crescimento, o mesmo discernimento, o mesmo conhecimento, cada um tem o seu tempo.
Tudo nos leva para frente, principalmente o que é incomodo, este faz a gente se mexer, sair do lugar, procurar alternativas. Sem apologia ao sofrimento, mas, tudo devemos dar graça, e é nele quando mais nos desenvolvemos nosso lado espiritual.
Somos como rios, que seguem para o mar, com obstáculos a serem superados, trajetórias difíceis, correntezas contrárias; mas, com a certeza de desembocar em algo maior.
Como é difícil essa nossa passagem por aqui!
Carregamos bagagens que são nossas de tempos passados, mas que não nos recordamos de tê-las adquirido; vamos para um destino certo, mas que não sabemos quando chegaremos ao final, de como será a trajetória, que confrontos teremos. A viagem da vida , da evolução, é incerta mas as consequências das nossas escolhas são certas.
Somos o que pedimos ser, passamos pelo que pedimos passar e nos transformamos no que aprendemos com  essas experiências.
Somo espíritos eternos em um corpo passageiro.
Temos o bem e o mal dentro da gente, o que nos difere, é o uso qual fazemos, e mesmo não agindo certo, somos iguais perante o amor de Deus.
Cabe a cada um se fazer melhor e não lamentar, nada acontece para sua regressão e sim para o nosso crescimento, devemos de tudo tirar uma lição.
Evolua, aprenda com seus erros e com as experiências dos outros, faça o bem, ame você e quem está ao seu lado, distribua amor, seja humilde, complacente, digno, pois assim passaremos por essa etapa com mais leveza, paz na alma, e chegaremos com mais rapidez a plenitude a nos transformar em  seres de luz divina.


Fonte foto: Alex Curty