sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Decido por mim


Decisões tomadas.
Só preciso de uma noite e pensar muito para digerir o que acontece comigo.
Agora penso, perdi o hábito da adolescência ou melhor da imaturidade de agir por impulso.
Se eu não pensar por mim, pelo o que eu quero passar, ninguém o fará.
Ser insensato e inseguro; já não posso me dar a esse luxo!
Cobro-me incansavelmente o agir com maturidade e racionalidade.
Sou egoísta sim, de pensar em mim, mas não o bastante para passar por cima dos sentimentos dos outros.
Apenas me preservo o direito de ter o direito de escolha entre o ir e o não ir, entre o querer passar por determinadas situações ou o não querer. E assim, poupo-me de viver o indesejado, de sofrer o que eu posso evitar.
Quem decide minha vida hoje, sou eu, não o convencional ou a emoção. Preciso só de tempo para pensar e analisar.
Nem sempre minhas escolhas são certas (já disse isso em outro texto); mais são minhas escolhas, eu que as pensei sem influência de ninguém, eu que as quis, então tenho que aceitar os resultados e arcar com o dar ou não dar certo, sem por a culpa em ninguém.
Só preciso de tempo para pensar e digerir o que acontece comigo...



Fonte foto: Julio Nicolas

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Vivo de lembranças


Desse jeito assim, mesmo longe, já me contento em saber que você existe.
Acho que esse é o verdadeiro amor, sem apego.
Quero te ter; mas apenas saber que você esta bem, que esta feliz, me deixa bem também!
Quero somente ter o direito de saber como vai você...
Não quero invadir o seu mundo, impor minha presença, atrapalhar seu cotidiano; contento-me com notícias suas de vez enquando, em escutar sua voz pelo telefone.
Te esperei tanto, pensei que não iria encontra-lo mais nessa vida. Então, tenho que ser grata, pois Deus me deu uma segunda chance e me deixou ouvir novamente sua risada gostosa, revivendo assim o sonho que passamos juntos!
Quem sou eu para pedir mais alguma coisa em relação a você?
Só queria ter mais uma oportunidade de te tocar, de você ver a mulher que me transformei, de passar a mão nos seus cabelos já grisalhos...
Mas sei que tem que ser assim, longe dos olhos e vivo nas lembranças.
Mas se isso não acontecer, meu amor não perderá o encanto, pois os dias que passamos juntos foram os mais felizes da minha vida.
Não posso pedir mais nada; sua lembrança me basta.

Fonte foto: Tetê Guerra

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Férias de dezembro


Criei rotinas para suprir a solidão.
Acordo, passo o meu café ( meu vício ); vejo o noticiário e checo meus emails.
Tomo café a manhã toda.
Faço artesanato.
Almoço, vejo o jornal de meio dia e vou dormir pra tarde não ficar tão comprida
Assisto um filme quando acordo, depois vou agoar minhas plantas ( coleciono cactos, sabia?! ).Brinco sentada no chão com os meus cachorros.
Tomo outro banho. Ah! De manhã antes do almoço, também tomo um banho.
Assisto o jornal das 8:00 horas e vou para Internet.
E nos intervalos o telefone toca o tempo todo; são amigos querendo saber como estou, se vamos fazer alguma coisa a noite ou pra pedir conselhos ; ou os filhos, quando sentem saudade ou quando precisam ouvir alguma coisa de mim...
Depois durmo, para ver se amanhece logo pra eu começar minha rotina novamente.


Fonte foto: tirei da internet

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Carta de reencontro


Nos encontramos novamente...
O tempo passou e não perdemos a intimidade das palavras.
Envelhecemos, mas o sentimento continua intacto.
Amadurecemos, mas a risada continua a mesma.
Que ironia do destino; deixar que nos reencontremos, mas sempre em momentos em que um não cabe na vida do outro!
Mas, não estou aqui para lamentar, e sim para festejar o reencontro de almas amantes. Sim; porque o nosso amor é assim, profundo, eterno, despido de preconceitos e leve...
Sua voz me fez viajar no tempo. Voltei a um lugar onde a brisa é mais suave e tem cheiro de maresia, e que o barulho do mar e do vento nas folhas dos coqueiros me soam como melodias.
Nunca te esqueci!
Te procurei incansavelmente. E tenho certeza que te achei pelas mãos Divinas.
Agora te tenho; mesmo que não fisicamente; mas te tenho em meus pensamentos e dentro do meu coração. Aqueles momentos que vivemos juntos foram ímpares, e neles você foi meu e eu fui sua...



Fonte foto: Francisco Ribeiro Leitão Neto

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Questão de bom senso


Descobri que eu não sei o que quero para mim, mas sei muito bem o que não quero!
Uso esta filosofia de vida para ir eliminando o que sei que não vai me trazer benefícios, felicidade e evolução.
Nem sempre acerto, mas costumo me poupar de aborrecimentos futuros, fazendo esta seleção.
A regra é simples, se consigo tirar da minha vida, é porque não vai me fazer falta.
Uso indagações para analisar se o que eu quero é o que realmente desejo para mim. Pergunto a mim mesmo se não é capricho, se daqui algum tempo esta conquista terá a mesma importância, e se vai me fazer crescer de alguma forma.
Só que analiso de um jeito crítico, baseada nas minhas experiências passadas e embasada num auto conhecimento profundo, para saber o que eu não quero para mim.
Assim consigo me poupar de 90% das desilusões e frustrações.
É uma técnica simples de autodefesa. Ninguém é obrigado a ser ou a fazer o que não quer. Mas se quer, tem que assumir os riscos e a responsabilidade dos seus desejos.


Fonte foto: Alexandre Curty

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Se...seria


Tão simples se amássemos sem querer possuir; se possuíssemos e nos satisfizéssemos e nos completássemos. Se para nos completar nos bastássemos; se para nos bastar, o pouco fosse muito. Se o que nos fosse oferecido nos preenchesse. Se fossemos preenchidos só com amor. Se a maldade não existisse. Se o mal evaporasse. Se o bem prevalessece. Se o amor imperasse. Se sonhos virassem realidade. Se déssemos mais valor nas pessoas. Se a inveja se transformasse em admiração. Se a alegria contagiasse. Se a fé curasse. Se a paz reinasse. Se o mundo tornasse perfeito. Se Deus habitasse todos os corações...
Se os homens se respeitassem.
Se...seria o que deveria ser; simples!



Fonte foto: Alexandre Curty