domingo, 2 de setembro de 2012

Não queria sentir saudades


Saudade é um sentimento muito estranho.
Sentimos de pessoas que já se foram para outro plano e temos a incerteza do encontro, de como vai ser, mais ficaram as lembranças vivas, as fotografias de quem não existe mais, sonhamos com essas pessoas, lembramos de cada detalhe...
Sentimos saudades de cheiros, de comidas, de lugares, da infância...
Saudade dói; mesmo as saudades do que foi bom, dói.
Hoje senti uma saudade do que não foi e poderia ter sido, senti saudade de uma possibilidade de viver um grande amor.
Sentir saudade de alguém que um dia a gente amou e agora não se tem mais, acho que é saudade mais dolorida de se sentir!
É um vazio no peito, é o peito cheio de saudade...paradoxos de quem ama e não pode mais amar.
É um misto de sentimentos, lamentações, agonia e razão...
Como ver uma simples foto me deixa assim? Me faz reviver os momentos que fui feliz intensamente, sem pensar em ninguém, sem pensar nas consequencias, sem lembrar que fora daquele quarto existia outras pessoas, parecia naquele dia que só eram eu, ele e nosso amor.
Como uma música ( Vou gritar que te amo-Limão com mel), me faz reviver um instante, onde ela foi dedicada ao nosso amor?
Como uma dedicatória num livro ( Alegria e triunfo), me leva a pensar em que você pensou na hora que escreveu aquilo.
Como um lenço que me emprestou para limpar meu suor, me faz reviver seu cheiro.
Eita saudade que maltrata.
Ai eu paro, penso, escrevo para desabafar, e melhoro. E mesmo sentindo saudade do que não teve continuação, me conformo, sabendo que esta saudade eu vou carregar pra sempre...
Tenho que me acostumar a sentir essa saudade ou senão, tenho que perder a memória.

Fonte foto: Diego Fernandes

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