Tive um pai na infância muito presente, companheiros mesmo,
íamos todo final de semana para a fazenda, ou de carro ou de moto, era sempre
assim; via-se um riacho parávamos, via-se um passarinho , um cervo, um pato do
mato, uma fruta do cerrado, parávamos.
Ele fazia pipa, mijolo , andávamos a cavalo por lazer ou eu
o acompanhava na lida do gado, me levava pra tomar banho no córrego, e ficava
de longe só apreciando a alegria da cria.
Tive cotia, pato, pintos, cachorros, periquitos, carneiros, subi em árvores ;
tudo com a autorização dele e repreensão da minha mãe...kkk
Não foi só de momentos bons que passamos, mas hoje não cabe
aqui falar sobre isso, porque se eu colocar na balança, as qualidades do meu
pai superam qualquer falha.
Na adolescência tive um amigo, nunca precisei namorar
escondido, tudo era conversado em casa, sem restrições de assunto e nunca
fiquei sem ter respostas para minhas indagações.
Quando fiquei “ mocinha”, foi pro seu colo que corri, contei
aos prantos para ele; que saiu, e voltou com um absorvente enormeeeee e um brinco
de brilhantes.
Seu choro veio fácil quando me levou ao altar, parecia que
entregava o seu bem mais precioso, mas queria me ver feliz...
Me ajudou muito com os netos, tanto nas horas das
brincadeiras quanto nas horas difíceis de doenças que passamos.
Pois é, e a vida...passa.
E agora , eu adulta e com filhos, sei que como pais, erramos, mas o importante é proporcionar exemplos bons, baseados somente no amor, é errar, reconhecer, consertar, mas tudo isso com a intenção de acertar.
Só quero que ele saiba que me fez uma das crianças mais
feliz, tive uma infância como poucos tem a oportunidade de ter. Que tive uma adolescência
alicerçada na amizade, e hoje adulta tenho o seu exemplo de amor de pai, que
posso passar para meus filhos e netos.
Parabéns meu pai! Meu herói...te amo.
Fonte foto: Flávia Corrêa
Essa é minha amiga Flávia... Lindo texto. Realmente, é como dizem: "O fruto nunca cai longe da árvore".
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